domingo, agosto 26

Isso é incrível


"Ela não é um automóvel comum. Christine é um carro que inclui entre os seus equipamentos uma força maligna destrutiva. Com sua beleza reluzente, Christine seduz seu dono e não poupará crueldade para eliminar quem se coloca entre eles."

Dona Joana foi promovida à Christine, o carro assassino, já que minha madrugada me lembrou Stephen King. Eu deixei Dona Joana - agora Christine - estacionada em frente à casa do Breno, bonitinha, em 90º. Lá pelas tantas o Breno resolveu dar uma olhadinha pra ver se ninguém tinha levado ela embora. Volta ele um pouco assustado, diz que o carro esta intacto mas... paralelo à rua. Eu não acreditei quando eu vi. Estava lá, tão vermelho quanto antes, mas em outra posição. Definitivamente, em outra posição.

Acho que faltou entretenimento e ela resolveu atropelar algum inimigo da dona - ainda não olhei o obituário do jornal - e voltado para me levar para a casa. Linda, não?

Quando à foto, ela diz tudo sobre o dia de ontem. Por uma lado, remete à minha visita ao Inhotim (Centro de Arte Contemporânea) e por outro, às peripércias do meu bizorrinho vermelho na madrugada.

Isso é ou não é INCRÍVEL?!

terça-feira, agosto 21

Elelê

União cobra R$ 54 mi de ex-bolsistas do CNPq e Capes

ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Desde 2002, o governo federal pediu a devolução de cerca de R$ 54 milhões que ex-bolsistas de doutorado favorecidos por ajuda oficial teriam recebido de forma irregular.

O levantamento da CGU (Controladoria Geral da União) envolve a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) --principais fomentadores do benefício.

Os motivos dos processos variam de irregularidades como o abandono dos estudos até a falsificação de documentos. A maioria dos casos, porém, é de ex-bolsistas que fizeram doutorado no exterior e não cumpriram a norma de ficar no Brasil por igual período.

Os "doutores que se formam no exterior" foram alvo de crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse haver "contra-senso" entre os que criticam o Bolsa Família e não a "bolsa de US$ 2.000 para um doutor se formar no exterior".

O número de cobranças é pequeno em relação ao de bolsas concedidas. Só o CNPq ofereceu 249.632 entre 2002 e 2006, em um total de R$ 2,6 bilhões. Mas o valor pode ser alto para uma só pessoa, e quem não paga ainda tem o nome enviado ao Cadin -banco de dados de devedores do governo.

É o caso de Cristina Campolina, coordenadora do curso de história da Universidade Federal de Minas Gerais. O TCU a condenou a devolver R$ 655 mil de sua bolsa de doutorado para a Universidade de Illinois (EUA) entre agosto de 1986 e fevereiro de 1991.

Em sua defesa, ela disse que vive em "extrema penúria financeira", mas não adiantou. O tribunal determinou que ela quite a dívida e lhe aplicou uma multa de R$ 22 mil. Campolina afirma que não terminou a tese porque seu orientador dizia que só aceitaria o trabalho se ele tivesse documentos inéditos, os quais ela nunca achou.

Diante da impossibilidade de quitar a sua dívida, ela diz que tentará revalidar os créditos do doutorado no Brasil e defender a tese na UFMG. Porém, como não cumpriu o prazo para a devolução do dinheiro --acrescido de juros pela demora no pagamento--, deve ser acionada pela Advocacia Geral da União.

É o mesmo caso do físico Ricardo de Paula e Silva Masetti Lobo. Em 2004, ele foi condenado pelo TCU a devolver R$ 184 mil. Lobo fez doutorado na França entre 1992 e 1996. Após apresentar sua tese, passou um período nos Estados Unidos e foi para Paris, onde vive hoje.

Embora afirme que há "excelentes" órgãos de pesquisa no Brasil, ele diz que desistiu de voltar porque, na época, não havia laboratórios em sua área de pesquisa no país -uma propriedade específica de "luz síncrotron", no campo da física de partículas. O TCU, porém, rejeitou seu argumento.

"Se a obrigação [voltar ao Brasil] não foi cumprida (...) significa que recursos pertencentes à sociedade brasileira, sabidamente escassos, foram empregados em proveito pessoal do bolsista e, até mesmo, em proveito do país que passou a abrigá-lo", disse na decisão o relator, Augusto Cavalcanti.

Lobo lamenta que a questão tenha chegado ao tribunal. "A discussão deixou de ser científica e virou administrativa." A Capes e o CNPq, porém, argumentam que a caso só vai ao TCU depois do fracasso de uma "negociação amigável".

O presidente da Capes, Jorge Guimarães, cita como medidas para tentar impedir que pesquisadores não voltem ao Brasil acordos com embaixadas para não renovar o visto de bolsistas e até uma análise mais criteriosa antes de conceder bolsas em áreas que o risco do não-retorno é maior, como economia.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, fala também no programa de pós-doutorado criado pela pasta e na contratação de 10 mil professores para universidades federais desde 2003 como incentivos à permanência dos doutores no Brasil.

Para quem já tem as dívidas, contudo, o entendimento agora é com o tribunal.

sábado, agosto 18

A bolsa da moça

A moça só queria uma bolsa. Ela até queria uma Prada ou uma Gucci, mas não era essa a prioridade. Aliás, ela achava que só conseguiria uma Gucci se antes conseguisse "a bolsa". Chegou a pensar na bolsa da Mary Poppins e tirar lá de dentro a outra bolsa, aquela que não lhe saia da cabeça. Era uma obcessão. A moça só pensava na bolsa. Sem ela todos os outros sonhos faziam muito pouco sentido. Ou nenhum. A terapeuta da moça insistia em lhe tirar a bolsa da cachola. Dizia que aquilo era idéia fixa. Que vários caminhos levam ao mesmo ponto. Mas o ponto era a bolsa, oras! E os caminhos muito tortuosos. A moça desenvolveu patologia nova: transtorno por déficit de bolsa. E não havia antidepressivo que resolvesse o problema. Só "a bolsa".

Até que em um dia qualquer a moça tropeçou na bolsa.
E lhes apresento Emilly. Agora bolsista de iniciação científica. Agora pesquisadora no CNPq. Agora trabalhando. Agora um pouco mais feliz.

E dá até pra pensar naquela Gucci. Dividida em dez vezes, claro.
E lá se vai a bolsa da moça.

"E o carpinteiro era assaltado pela dúvida sobre se construir máquinas boas não estaria além das possibilidades humanas, ao passo que as únicas que de fato podiam funcionar com eficácia e exatidão seriam os patíbulos e as torturas." (Italo Calvino - O Visconde Partido ao Meio)

domingo, agosto 12


"... não temos nenhuma outra linguagem para nos comunicar senão esta. Cada encontro de duas criaturas no mundo é uma dilaceração." (Italo Calvino - O Visconde Partido ao Meio)

sábado, agosto 11

Hélio dos Passos - Fica Comigo Agora.

terça-feira, agosto 7

Aristóteles for dummies!


Eu preciso.

"Há, por um lado, o que é somente em ato, por outro, o que é em potência e em ato, trata-se do algo, da quantidade, da qualidade ou igualmente das outras categorias do ente. De sua parte, a relação diz-se, por um lado segundo o excesso e a deficiência, por outro, segundo o que age e o que padece e, em geral, segundo o movente e o movido. O movente, de fato, é movente do movido e o movido é movido pelo movente." (Física III, Aristóteles)

Sinceramente, dava na mesma se estivesse em grego.

domingo, agosto 5

Encerrada as férias...


... eu me pergunto: como é que se acorda às 05:00 da manhã?

"Sorria assim que acordar. Livre-se logo dessa obrigação."