segunda-feira, julho 30

Lobo Bobo
(Ronaldo Bôscoli / Carlos Lyra)

Era uma vez um lobo mau
Que resolveu jantar alguém
Estava sem vintém , mas arriscou
E logo se estrepou
Um Chapeuzinho de maiô
Ouviu buzina e não parou
Mas Lobo Mau insiste e faz cara de triste
Mas Chapeuzinho ouviu os conselhos da vovó
Dizer que não pra lobo, que com lobo não sai só
Lobo canta, pede, promete tudo até amor
E diz que fraco de lobo é ver um Chapeuzinho de maiô
Mas Chapeuzinho percebeu
Que Lobo Mau se derreteu
Pra ver você que lobo também faz papel de bobo
Só posso lhes dizer, Chapeuzinho agora traz
Um lobo na coleira que não janta nunca mais

Possessão demoníaca sonora

Fiquei na duvida sobre como iria narrar o meu final de semana. Mas pensando bem, a trilha sonora é bastante ilustrativa.

Sábado de faxina. Amado Batista e Reginaldo Rossi para dar o clima. Como bem disse o Breno, está explicado o desânimo que se seguiu após o dia de limpeza.

"Doméstica... Ela era doméstica."

Desânimo a parte (keine lust, keine lust), lá foi Emilly para a Mary in Hell. Tinha tudo para ser mais uma noite em que a minha pilha acaba em duas horas e fico esperando a do Breno acabar para irmos embora. Mas havia algo novo: o componente argentino. Cláudia, a estrangeira, em seus últimos dias de vida tupiniquim, quis conhecer o Utopia Scotch Bar. Medo. Álcool entrando, medo saindo. Em meia hora estávamos cantando no videokê. Sim, eu cantei no videokê. Citando Pedro Pizelli: "tá no inferno, rebola no colo do capeta".

Mas ainda não acabou. A Obra prometia show de Gizele Madonninha. E eu prometia derreter até meia noite de domingo. Já sentada no colo do capeta percebi então que era ele quem discotecava em meu fim de semana.

"Pois estamos...
Vivendo num mundo materialista
Sou uma garota materialista
Você sabe que estamos vivendo num mundo materialista
Sou uma garota materialista."

Admito: traduzir literalmente as músicas da Madonna foi uma idéia genial que eu não teria nem se vivesse três séculos. Suspiro aliviada. Como uma virgem. Garota materialista. Feriado. Músicas que embalaram a minha noite de domingo. Além de Dominó, Magal, Fábio Júnior e lambada. Aqui cabe um detalhe importante: eu dancei lambada. Eu dancei lambada com um estranho. Aliás eu dancei a noite inteira.

Para terminar: La Greppia. Você deve estar pensando, trilha sonora no La Greppia? Por que não? Rolou Kid Abelha, Legião Urbana. Mas não era tudo. O cão, obviamente, ia terminar em grande estilo. Performance completa. Olho para porta. Entra o César Menotti. Pode cair o cofre, o piano, a bigorna.

Acabou. Espero.

E pra terminar, a excelente descrição de chupacabra que eu vi hoje em uma matéria antiga do Jornal da Alterosa:
"O homem não está preparado para lidar com aquilo. É um macaco grande de alta tecnologia."

É ou não é o próprio?

P.S.: Arxentina, vou morrer de saudade!

sexta-feira, julho 27

Outra vez, Dietrich



De repente escuto da TV ligada para as paredes a informação. Marlene Dietrich cantou Luar do Sertão em um show no Brasil.

Pulo da cadeira. Precisava apurar a informação. Mas o assunto já era outro.

Recorro ao São Google. E lá está ela. Estonteante.

Só me resta procurar pela gravação do show de 1959 no Rio de Janeiro.

É impressionante. E isso é tudo o que consigo dizer.
Luar do Sertão me tirou o sono.

Desintoxicação


A psicoterapeuta me convenceu. Larguei as leituras acadêmicas. Pelo menos nas férias, disse ela. Ela sugeriu o Código da Vinci. Achei que era demais para minha arrogância acadêmica. Resolvi agradá-la. No fim dá certo, de Fernando Sabino, me pareceu uma boa opção. Tinha título positivo para a moça psicóloga. Autor alcoólatra e tabagista para mim. Ela acatou.

Na crônica que empresta título ao livro Sabino enumera os princípios otimistas da Lei de Seu Domingos, elaborados pelo pai do autor. Aí vai o resumo do que o autor chama de Lei Anti-Murphy:

1. As coisas são como são e não como deveriam ser - e muito menos como gostaríamos que elas fossem.
2. O que não tem solução, solucionado está - não adinata gastar boa vela com mau defunto.
3. Se quiser que alguma coisa mude, e não puder fazer nada, espere, que ela mudará por si.
4. toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não deu certo.
5. Mais vale passar por um apertinho agora que por um apertão o resto da vida.
6. Antes de entrar, veja por onde vai sair.
7. Faça somente o que gosta. Para isso, passe a gostar do que faz.
8. trate os outros como gostaria de ser tratado.
9. Não se deve aumentar a aflição dos aflitos.
10. A única forma de resolver um problema nosso é resolver primeiro o do outro.

Por bom humor ou ironia, eu gostei dos princípios de Seu Domingos. Menos Platão, menos Prozac e mais mensagens positivas recriadas nas mãos de um amante do whisky e do jazz.

Caí no conto do vigário. Melhor assim.

"No fim dá certo. Se não deu, é porque não chegou ao fim."



quinta-feira, julho 26

All about Emilly

Sim, o nome do blog é um trocadilho.
Não, eu não sou malvada. É só um trocadilho.

Estou de férias. Me sentia entediada. Blogs são como cães: alegram a vida.
E eu tenho pânico de cães.

Eu escrevo pra ninguém. E isso me faz muito feliz.

No mais: "Frankly, my dear, I don't give a danm."