quarta-feira, novembro 12

Em terra de cego...


Quem tem um olho prefere ser cego.

É. O mundo tá do meio para o fim. Mais pro fim que pro meio.
Um negro ganha as eleições presidenciais americanas. E o país da diversidade cultural não consegue discutir política de cotas.
Meu queridos "colegas de profissão" conseguem proferir frases como "Por que ninguém ri do holocausto?" ou "Movimento negro, para mim, é igual Ku Klux Klan".
E eu, discípula de Regina Duarte que sou, tenho medo.
Impressão minha ou as coisas andam bastante assustadoras?
Ando feliz porque a FAFICH vai ofertar o curso de Inteligência Artificial. A inteligência natural tá em falta no mercado, viu?!
Episteme? Tô vendo não. A doxa reina. Absoluta.


“Eu gosto da humanidade. O que eu não suporto são as pessoas.” (Linus van Pelt, aquele amiguinho do Charlie Brown)

quinta-feira, novembro 6

saindo da história...

para cair na vida. ou no blog.



barack obama venceu as eleições para john kennedy americano.

eu, se fosse ele, trataria de morrer de maneira heróica o quanto antes e manter a boa imagem intacta.

já dizia harvey dent: "pode-se morrer como um herói ou viver como um vilão para o resto da vida. é uma questão de escolha".

quinta-feira, novembro 15

Agora devidamente documentado!


Sei que tenho insistido bastante na idéia de que Deus se diverte às minhas - ou às nossas - custas. Meus dias não passam de 24 horas de ansiedade esperando o momento em que Ele vai dar cheque-mate na minha tentativa de levar uma vida comum.

Dia desses meu queridíssimo orientador, Luiz Carlos Villalta, me aparece com um texto sobre um milenarista que passeou pelas bandas de Minas no século XVIII. E não é que o mocinho não afirmou, com mais de dois séculos de vantagem, minha teoria sobre o Criador de todas as coisas?!

"que quando Deos lhe falasse não tivesse medo porquanto Deos depois que tinha perdoado as criaturas era muito amigo de zombar com ella se fazerlhes pessas"

E ele nem conhecia os reaity shows. Eis um visionário.

sexta-feira, novembro 2

Em tempos de jingle bells um pinguim é o menos indicado!

Como se já não me bastasse as propagandas de natal estourarem como pipoca na TV, outdoors e rádio (maldito jingle bells) um shopping de Belo Horizonte decide que o mascote do natal desse ano vai ser... hummm... um pinguim! Que diabos o amiguinho de Happy Feet está fazendo no natal tupinquim? Niguém tem dó do pobre bichinho que só anda de smoking? Será que o aquecimento global substituiu aquela nuvenzinha negra que só existia em cima de mim? Só eu acho que um pinguim não tem nada, mas absolutamente nada, o que fazer aqui no quinto dos infernos (dessa terra eu não quero nem o pó!)? É algum tipo de brincadeira? Tem alguém achando graça? Eu não...

Como diz uma amiga minha: “Deus existe e tem muito senso de humor”. É uma pena que a piada seja eu. Você. Afinal, a piada é uma instituição democrática.

E como é temporada de religiosidade e eu já demonstrei minha crença no Todo Poderoso, preciso afirmar ainda minha concepção de inferno, que nada mais é que um shopping às vésperas do natal.

E o pensamento da semana é: “Piscina e gin-tônica!”

domingo, outubro 21

Dias melhores: virão?

Aos que ainda não sabem, eu sofri um acidente de carro na sexta. Ainda não quero falar sobre isso. Quero falar sobre qualquer coisa que me faça esquecer isso por um instante apenas.

"Não, não devia pedir mais vida. Por enquanto era perigoso. Ajoelhou-se trêmula junto da cama pois era assim que se rezava e disse baixo, severo e triste, gaguejando sua prece com um pouco de pudor: alivia a minha alma, faze com que eu sinta que Tua mão está dada à minha, faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade, faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte, faze com que eu sinta uma alegria modesta e diária, faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta, faze com que me lembre de que também não há explicação porque um filho quer o beijo de sua mãe e no entanto ele quer e no entanto o beijo é perfeito, faze com que eu receba o mundo sem receio, pois para esse mundo incompreensível eu fui criada e eu mesma também incompreensível, então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-me para que eu viva com alegria o pão que eu como, o sono que durmo, faze com que eu tenha caridade por mim mesma pois senão não poderei sentir que Deus me amou, faze com que eu perca o pudor de desejar que na hora de minha morte haja uma mão humana amada para apertar a minha, amém."

Talvez eu esteja um pouco sentimental, mas juro que, nos últimos dias, é essa frase que me vem na cabeça todas as noites antes de dormir. Nem ao menos consigo compreender tudo o que ela quer dizer, mas tenho certeza que é o pedido mais meu.
Esses dias de Clarice tem me cansado muito... mas "Lóri se cansava muito, porque ela não parava de ser".
Eu não sei se o túmulo de Júlio Verne fez sentido para além da minha cabeça, mas foi a primeira coisa que me passou.

Que venham dias melhores.

sexta-feira, outubro 5

Eu e Marisa?

Bom, todos aqui sabem que eu não suporto a Marisa Monte e que muito me agradaria se as sobrancelhas dela pegassem fogo. Mas não é que eu estava hoje ouvindo rádio e uma música da moça me agradou?
Eu também nunc ame imaginei citando Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, mas...

Infinito Particular

Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou portabandeira
de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular


... e tenho o dito.

segunda-feira, outubro 1

Descansando da amargura cotidiana...

Clipe bonitinho da Emilie Simon.
E a Emilly aqui querendo comprar flores. Humpf!

segunda-feira, setembro 24

Os desamores de Emilly


Não é de hoje que eu tenho afirmado minha vocação para agente de relacionamentos. Quem não nasceu para o amor nasceu para cupido, pensava eu. Sempre acreditei estar somando pontos com Santo Antônio para, num futuro próximo, ser recompensada. Um belo dia trocaria meus pontos na banca de jornal mais próxima por um amor para toda a vida.

Ledo engano. Os santos só lidam com valores módicos. Amor para toda a vida é coisa séria. Tem que assinar contrato com sangue passando a alma pro tinhoso. E como vimos com Fausto, o diabo é o menos indicado.

Pois então seu Santo Antônio, dá pra trocar os pontos por milhas?

sexta-feira, setembro 21

Mais um pra sessão "vida bizarra"


Estava eu voltando para a minha casa ontem, feliz, cantante, por volta de 01:00 a.m., quando paro no semáforo de um cruzamento. De repente, como que tivesse nascido da terra, surge uma carreta de mais ou menos 30 metros, dando ré na avenida Antônio Carlos. Muitos betedores, policiais e agentes de trânsito depois eu consegui atravessar o cruzamento. Isso levou uns 15 minutos. Estranho, mas tudo bem. Quem disse que era pra ser normal?! Continuo cantando, cabelos ao vento, frescor da madrugada. Até que na entrada para Santa Luzia, choque. Homens trabalhavam na pista e cones impediam a passagem - única passagem - até a minha cidade. Os operários do trânsito, como que em hipnose, não respondiam à buzinas, acenos ou qualquer tentativa de lhes chamar a atenção.

Eu me senti o Jim Carrey em O Show de Truman. Algo ou alguém se diverte muito às minhas custas.
É Pedro. Eu também tenho uma telinha só pra mim.

"Truman: Who are you?
Christof: I am the Creator - of a television show that gives hope and joy and inspiration to millions.
Truman: Then who am I?

Christof: You're the star."

domingo, setembro 9

Tempo? Só na teoria


Não tenho tempo para escrever. Nem criatividade. Nem novidades. Mas meus milhares de leitores não param de enviar reclamações. Então... umdoláci-vamos ir!

1) O dia em que vi a Rainha da Inglaterra
... foi muito bizarro. As vestes da senhora ofuscavam em azul realeza. Sim, meus amigos! A rainha da Inglaterra corta os cabelos em um salão no Santo Antônio. E o diabo veste azul. Ou, se preferirem assim, foi uma aparição. Mas eu tenho testemunha.
E... "God save the Queen".

2) A História é Fantástica!
Depois da bizarríssima série sobre Filosofia e cotidiano, o Fantástico - programa de qualidade duvidosa, exibido aos domingos - estréia hoje uma série entitulada É muita história, que promete contar a História do Brasil como você nunca viu. Culturalistas de todo o Brasil, uni-vos! Eduardo Bueno ameaça mais uma vez. E dessa vez a ameaça é global.
Prometo assistir e narrar o acontecido posteriormente.

3) Uma simpatia nada simpática
http://www.deathclock.com/
14 de março de 2041. Me parece uma boa hora.

E frase do dia é:
"Todos sabem fazer história - mas só os grandes sabem escrevê-la." (Oscar Wilde)
Citando o amigo do amigo: "Somo nozes".





domingo, agosto 26

Isso é incrível


"Ela não é um automóvel comum. Christine é um carro que inclui entre os seus equipamentos uma força maligna destrutiva. Com sua beleza reluzente, Christine seduz seu dono e não poupará crueldade para eliminar quem se coloca entre eles."

Dona Joana foi promovida à Christine, o carro assassino, já que minha madrugada me lembrou Stephen King. Eu deixei Dona Joana - agora Christine - estacionada em frente à casa do Breno, bonitinha, em 90º. Lá pelas tantas o Breno resolveu dar uma olhadinha pra ver se ninguém tinha levado ela embora. Volta ele um pouco assustado, diz que o carro esta intacto mas... paralelo à rua. Eu não acreditei quando eu vi. Estava lá, tão vermelho quanto antes, mas em outra posição. Definitivamente, em outra posição.

Acho que faltou entretenimento e ela resolveu atropelar algum inimigo da dona - ainda não olhei o obituário do jornal - e voltado para me levar para a casa. Linda, não?

Quando à foto, ela diz tudo sobre o dia de ontem. Por uma lado, remete à minha visita ao Inhotim (Centro de Arte Contemporânea) e por outro, às peripércias do meu bizorrinho vermelho na madrugada.

Isso é ou não é INCRÍVEL?!

terça-feira, agosto 21

Elelê

União cobra R$ 54 mi de ex-bolsistas do CNPq e Capes

ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Desde 2002, o governo federal pediu a devolução de cerca de R$ 54 milhões que ex-bolsistas de doutorado favorecidos por ajuda oficial teriam recebido de forma irregular.

O levantamento da CGU (Controladoria Geral da União) envolve a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) --principais fomentadores do benefício.

Os motivos dos processos variam de irregularidades como o abandono dos estudos até a falsificação de documentos. A maioria dos casos, porém, é de ex-bolsistas que fizeram doutorado no exterior e não cumpriram a norma de ficar no Brasil por igual período.

Os "doutores que se formam no exterior" foram alvo de crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse haver "contra-senso" entre os que criticam o Bolsa Família e não a "bolsa de US$ 2.000 para um doutor se formar no exterior".

O número de cobranças é pequeno em relação ao de bolsas concedidas. Só o CNPq ofereceu 249.632 entre 2002 e 2006, em um total de R$ 2,6 bilhões. Mas o valor pode ser alto para uma só pessoa, e quem não paga ainda tem o nome enviado ao Cadin -banco de dados de devedores do governo.

É o caso de Cristina Campolina, coordenadora do curso de história da Universidade Federal de Minas Gerais. O TCU a condenou a devolver R$ 655 mil de sua bolsa de doutorado para a Universidade de Illinois (EUA) entre agosto de 1986 e fevereiro de 1991.

Em sua defesa, ela disse que vive em "extrema penúria financeira", mas não adiantou. O tribunal determinou que ela quite a dívida e lhe aplicou uma multa de R$ 22 mil. Campolina afirma que não terminou a tese porque seu orientador dizia que só aceitaria o trabalho se ele tivesse documentos inéditos, os quais ela nunca achou.

Diante da impossibilidade de quitar a sua dívida, ela diz que tentará revalidar os créditos do doutorado no Brasil e defender a tese na UFMG. Porém, como não cumpriu o prazo para a devolução do dinheiro --acrescido de juros pela demora no pagamento--, deve ser acionada pela Advocacia Geral da União.

É o mesmo caso do físico Ricardo de Paula e Silva Masetti Lobo. Em 2004, ele foi condenado pelo TCU a devolver R$ 184 mil. Lobo fez doutorado na França entre 1992 e 1996. Após apresentar sua tese, passou um período nos Estados Unidos e foi para Paris, onde vive hoje.

Embora afirme que há "excelentes" órgãos de pesquisa no Brasil, ele diz que desistiu de voltar porque, na época, não havia laboratórios em sua área de pesquisa no país -uma propriedade específica de "luz síncrotron", no campo da física de partículas. O TCU, porém, rejeitou seu argumento.

"Se a obrigação [voltar ao Brasil] não foi cumprida (...) significa que recursos pertencentes à sociedade brasileira, sabidamente escassos, foram empregados em proveito pessoal do bolsista e, até mesmo, em proveito do país que passou a abrigá-lo", disse na decisão o relator, Augusto Cavalcanti.

Lobo lamenta que a questão tenha chegado ao tribunal. "A discussão deixou de ser científica e virou administrativa." A Capes e o CNPq, porém, argumentam que a caso só vai ao TCU depois do fracasso de uma "negociação amigável".

O presidente da Capes, Jorge Guimarães, cita como medidas para tentar impedir que pesquisadores não voltem ao Brasil acordos com embaixadas para não renovar o visto de bolsistas e até uma análise mais criteriosa antes de conceder bolsas em áreas que o risco do não-retorno é maior, como economia.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, fala também no programa de pós-doutorado criado pela pasta e na contratação de 10 mil professores para universidades federais desde 2003 como incentivos à permanência dos doutores no Brasil.

Para quem já tem as dívidas, contudo, o entendimento agora é com o tribunal.

sábado, agosto 18

A bolsa da moça

A moça só queria uma bolsa. Ela até queria uma Prada ou uma Gucci, mas não era essa a prioridade. Aliás, ela achava que só conseguiria uma Gucci se antes conseguisse "a bolsa". Chegou a pensar na bolsa da Mary Poppins e tirar lá de dentro a outra bolsa, aquela que não lhe saia da cabeça. Era uma obcessão. A moça só pensava na bolsa. Sem ela todos os outros sonhos faziam muito pouco sentido. Ou nenhum. A terapeuta da moça insistia em lhe tirar a bolsa da cachola. Dizia que aquilo era idéia fixa. Que vários caminhos levam ao mesmo ponto. Mas o ponto era a bolsa, oras! E os caminhos muito tortuosos. A moça desenvolveu patologia nova: transtorno por déficit de bolsa. E não havia antidepressivo que resolvesse o problema. Só "a bolsa".

Até que em um dia qualquer a moça tropeçou na bolsa.
E lhes apresento Emilly. Agora bolsista de iniciação científica. Agora pesquisadora no CNPq. Agora trabalhando. Agora um pouco mais feliz.

E dá até pra pensar naquela Gucci. Dividida em dez vezes, claro.
E lá se vai a bolsa da moça.

"E o carpinteiro era assaltado pela dúvida sobre se construir máquinas boas não estaria além das possibilidades humanas, ao passo que as únicas que de fato podiam funcionar com eficácia e exatidão seriam os patíbulos e as torturas." (Italo Calvino - O Visconde Partido ao Meio)

domingo, agosto 12


"... não temos nenhuma outra linguagem para nos comunicar senão esta. Cada encontro de duas criaturas no mundo é uma dilaceração." (Italo Calvino - O Visconde Partido ao Meio)

sábado, agosto 11

Hélio dos Passos - Fica Comigo Agora.

terça-feira, agosto 7

Aristóteles for dummies!


Eu preciso.

"Há, por um lado, o que é somente em ato, por outro, o que é em potência e em ato, trata-se do algo, da quantidade, da qualidade ou igualmente das outras categorias do ente. De sua parte, a relação diz-se, por um lado segundo o excesso e a deficiência, por outro, segundo o que age e o que padece e, em geral, segundo o movente e o movido. O movente, de fato, é movente do movido e o movido é movido pelo movente." (Física III, Aristóteles)

Sinceramente, dava na mesma se estivesse em grego.

domingo, agosto 5

Encerrada as férias...


... eu me pergunto: como é que se acorda às 05:00 da manhã?

"Sorria assim que acordar. Livre-se logo dessa obrigação."

segunda-feira, julho 30

Lobo Bobo
(Ronaldo Bôscoli / Carlos Lyra)

Era uma vez um lobo mau
Que resolveu jantar alguém
Estava sem vintém , mas arriscou
E logo se estrepou
Um Chapeuzinho de maiô
Ouviu buzina e não parou
Mas Lobo Mau insiste e faz cara de triste
Mas Chapeuzinho ouviu os conselhos da vovó
Dizer que não pra lobo, que com lobo não sai só
Lobo canta, pede, promete tudo até amor
E diz que fraco de lobo é ver um Chapeuzinho de maiô
Mas Chapeuzinho percebeu
Que Lobo Mau se derreteu
Pra ver você que lobo também faz papel de bobo
Só posso lhes dizer, Chapeuzinho agora traz
Um lobo na coleira que não janta nunca mais

Possessão demoníaca sonora

Fiquei na duvida sobre como iria narrar o meu final de semana. Mas pensando bem, a trilha sonora é bastante ilustrativa.

Sábado de faxina. Amado Batista e Reginaldo Rossi para dar o clima. Como bem disse o Breno, está explicado o desânimo que se seguiu após o dia de limpeza.

"Doméstica... Ela era doméstica."

Desânimo a parte (keine lust, keine lust), lá foi Emilly para a Mary in Hell. Tinha tudo para ser mais uma noite em que a minha pilha acaba em duas horas e fico esperando a do Breno acabar para irmos embora. Mas havia algo novo: o componente argentino. Cláudia, a estrangeira, em seus últimos dias de vida tupiniquim, quis conhecer o Utopia Scotch Bar. Medo. Álcool entrando, medo saindo. Em meia hora estávamos cantando no videokê. Sim, eu cantei no videokê. Citando Pedro Pizelli: "tá no inferno, rebola no colo do capeta".

Mas ainda não acabou. A Obra prometia show de Gizele Madonninha. E eu prometia derreter até meia noite de domingo. Já sentada no colo do capeta percebi então que era ele quem discotecava em meu fim de semana.

"Pois estamos...
Vivendo num mundo materialista
Sou uma garota materialista
Você sabe que estamos vivendo num mundo materialista
Sou uma garota materialista."

Admito: traduzir literalmente as músicas da Madonna foi uma idéia genial que eu não teria nem se vivesse três séculos. Suspiro aliviada. Como uma virgem. Garota materialista. Feriado. Músicas que embalaram a minha noite de domingo. Além de Dominó, Magal, Fábio Júnior e lambada. Aqui cabe um detalhe importante: eu dancei lambada. Eu dancei lambada com um estranho. Aliás eu dancei a noite inteira.

Para terminar: La Greppia. Você deve estar pensando, trilha sonora no La Greppia? Por que não? Rolou Kid Abelha, Legião Urbana. Mas não era tudo. O cão, obviamente, ia terminar em grande estilo. Performance completa. Olho para porta. Entra o César Menotti. Pode cair o cofre, o piano, a bigorna.

Acabou. Espero.

E pra terminar, a excelente descrição de chupacabra que eu vi hoje em uma matéria antiga do Jornal da Alterosa:
"O homem não está preparado para lidar com aquilo. É um macaco grande de alta tecnologia."

É ou não é o próprio?

P.S.: Arxentina, vou morrer de saudade!

sexta-feira, julho 27

Outra vez, Dietrich



De repente escuto da TV ligada para as paredes a informação. Marlene Dietrich cantou Luar do Sertão em um show no Brasil.

Pulo da cadeira. Precisava apurar a informação. Mas o assunto já era outro.

Recorro ao São Google. E lá está ela. Estonteante.

Só me resta procurar pela gravação do show de 1959 no Rio de Janeiro.

É impressionante. E isso é tudo o que consigo dizer.
Luar do Sertão me tirou o sono.

Desintoxicação


A psicoterapeuta me convenceu. Larguei as leituras acadêmicas. Pelo menos nas férias, disse ela. Ela sugeriu o Código da Vinci. Achei que era demais para minha arrogância acadêmica. Resolvi agradá-la. No fim dá certo, de Fernando Sabino, me pareceu uma boa opção. Tinha título positivo para a moça psicóloga. Autor alcoólatra e tabagista para mim. Ela acatou.

Na crônica que empresta título ao livro Sabino enumera os princípios otimistas da Lei de Seu Domingos, elaborados pelo pai do autor. Aí vai o resumo do que o autor chama de Lei Anti-Murphy:

1. As coisas são como são e não como deveriam ser - e muito menos como gostaríamos que elas fossem.
2. O que não tem solução, solucionado está - não adinata gastar boa vela com mau defunto.
3. Se quiser que alguma coisa mude, e não puder fazer nada, espere, que ela mudará por si.
4. toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não deu certo.
5. Mais vale passar por um apertinho agora que por um apertão o resto da vida.
6. Antes de entrar, veja por onde vai sair.
7. Faça somente o que gosta. Para isso, passe a gostar do que faz.
8. trate os outros como gostaria de ser tratado.
9. Não se deve aumentar a aflição dos aflitos.
10. A única forma de resolver um problema nosso é resolver primeiro o do outro.

Por bom humor ou ironia, eu gostei dos princípios de Seu Domingos. Menos Platão, menos Prozac e mais mensagens positivas recriadas nas mãos de um amante do whisky e do jazz.

Caí no conto do vigário. Melhor assim.

"No fim dá certo. Se não deu, é porque não chegou ao fim."



quinta-feira, julho 26

All about Emilly

Sim, o nome do blog é um trocadilho.
Não, eu não sou malvada. É só um trocadilho.

Estou de férias. Me sentia entediada. Blogs são como cães: alegram a vida.
E eu tenho pânico de cães.

Eu escrevo pra ninguém. E isso me faz muito feliz.

No mais: "Frankly, my dear, I don't give a danm."