sexta-feira, julho 27

Desintoxicação


A psicoterapeuta me convenceu. Larguei as leituras acadêmicas. Pelo menos nas férias, disse ela. Ela sugeriu o Código da Vinci. Achei que era demais para minha arrogância acadêmica. Resolvi agradá-la. No fim dá certo, de Fernando Sabino, me pareceu uma boa opção. Tinha título positivo para a moça psicóloga. Autor alcoólatra e tabagista para mim. Ela acatou.

Na crônica que empresta título ao livro Sabino enumera os princípios otimistas da Lei de Seu Domingos, elaborados pelo pai do autor. Aí vai o resumo do que o autor chama de Lei Anti-Murphy:

1. As coisas são como são e não como deveriam ser - e muito menos como gostaríamos que elas fossem.
2. O que não tem solução, solucionado está - não adinata gastar boa vela com mau defunto.
3. Se quiser que alguma coisa mude, e não puder fazer nada, espere, que ela mudará por si.
4. toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não deu certo.
5. Mais vale passar por um apertinho agora que por um apertão o resto da vida.
6. Antes de entrar, veja por onde vai sair.
7. Faça somente o que gosta. Para isso, passe a gostar do que faz.
8. trate os outros como gostaria de ser tratado.
9. Não se deve aumentar a aflição dos aflitos.
10. A única forma de resolver um problema nosso é resolver primeiro o do outro.

Por bom humor ou ironia, eu gostei dos princípios de Seu Domingos. Menos Platão, menos Prozac e mais mensagens positivas recriadas nas mãos de um amante do whisky e do jazz.

Caí no conto do vigário. Melhor assim.

"No fim dá certo. Se não deu, é porque não chegou ao fim."



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